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Mostrando postagens de janeiro, 2018

"A burguesia e seu poder produtivo'' – "Tudo que é sólido, desmancha no ar"

"Tudo que é sólido, desmancha no ar" - Marshall Berman A burguesia e seu poder produtivo -  A BURGUESIA E SEU PODER PRODUTIVO Um livro, que então, ironicamente, aborda a modernidade segundo Marx, reencenando o destino da sociedade que ela mesmo descreve, gerando as ideias que desmancha no seu próprio ar. Tudo que o que é construído pela sociedade burguesa, é feito para que rapidamente seja desfeito, ou destruído.  "Tudo que é sólido - das roupas sobre nossos corpos e aos teares e fábricas que as tecem, aos homens e mulheres que operam as máquinas, às casas e aos bairros onde vivem os trabalhadores, ás firmas e corporações que os exploram, ás vilas e cidades, regiões, inteiras e até mesmo as nações que as envolvem - tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido, a fim de que possa ser reciclado ou substituído, na semana seguinte e todo processo possa seguir adiante, sempre adiante, talvez para sempre, sob

AS MÃOS DA MEMÓRIA: Em São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade por Eduardo Galeano

AS MÃOS DA MEMÓRIA: Em São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade por Eduardo Galeano Foto montagem: Leningrado em 1941, atual São Petersburgo, foto tirada em 2012. Voluntários vão para o front. Em São Petersburgo, quando ainda se chamava Leningrado, conheci a história da ressurreição da cidade.  Ela tinha sido assassinada pelas tropas de Hitler, em 1941 e 1944. Depois de novecentos dias de bombardeios contínuos e um bloqueio implacável, era uma imensa ruína, habitada por fantasmas, a cidade que tinha sido rainha do Báltico, a capital de Rússia de czares e berço da revolução comunista. Vinte anos depois daquela tragédia, pude comprovar que a cidade tinha tornado a ser o que havia sido. Seus habitantes tinham fundado a cidade novamente, pedacinho a pedacinho, dia após dia. As plantas do projeto de reconstrução vinham das fotos, dos desenhos, das velhas reportagens e dos depoimentos dos moradores de cada bair

1933: A nomeação de Adolf Hitler como primeiro ministro da Alemanha por Eduardo Galeano

(1933) A nomeação de Adolf Hitler como primeiro ministro da Alemanha por Eduardo Galeano JANEIRO 30 Os famosos discursos inflamados de Hitler, tal como o uso dos meios de comunicação existentes à época foram poderosos instrumentos de propaganda usados pelo governo nazista.  A CATAPULTA Em 1933, Adolf Hitler, foi nomeado primeiro ministro da Alemanha. Pouco depois, celebrou um ato imenso, como correspondia ao novo dono e senhor da nação. Modestamente, gritou: - Eu estou fundando a Era da Verdade! Desperta Alemanha! Desperta! e os rojões, os fogos de artifício, os sinos das igrejas, os cânticos e as ovações multiplicaram os ecos. Cinco anos antes, o partido nazista havia conseguido menos de 3% dos votos. O salto olímpico  de Hitler rumo ao topo, foi tão espetacular como a simultânea queda, rumo aos abismos, dos salários, dos empregos, da moeda e de todo o resto. A Alemanha, enlouquecida pelo desmoronamento geral, desatou a caça aos culpados: os judeus, os c

Título na Netflix: La Segunda Guerra Mundial a todo color (World War II in color)

🎬 Título na Netflix: La Segunda Guerra Mundial a todo color (World War II in color) A série é organizada por meios de vídeos, que foram restaurados em cores, a série possui apenas 01 temporada, com 13 episódios. Episódio 01- A tempestade se avizinha Episódio 02- Guerra-relâmpago Episódio 03- Grã-Bretanha contida Episódio 04- Hitler ataca o leste Episódio 05- Sol nascente desenfreado Episódio 06- Mediterrâneo e o Norte da África Episódio 07- Virando a Maré Episódio 08-  O rolo compressor soviético Episódio 09- Senhor Episódio 10- Fechando o cerco Episódio 11- Guerra na Ilha Episódio 12- Vitória na Europa Episódio 13- Vitória no pacífico Clique aqui,  e assista pela Netflix.  Esta publicação não possui fins lucrativos, você pode compartilhar, favor cite a fonte.  Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional .

“Não queremos fogos em nosso quintal” – Ronald Reagan e as ações intervencionistas dos Estados Unidos na América Latina

“Não queremos fogos em nosso quintal” – Ronald Reagan e as ações intervencionistas dos Estados Unidos na América Latina “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.” A frase do embaixador Juracy Magalhães era usada para ironizar os “entreguistas” nos anos 1970 a 90. O Brasil não é o único país latino a sofrer as interferências de ordem política e econômica, no decorrer do texto, são citados alguns (mas, nem todos) dos países que também sofreram intervenções.    Há mais de um século a América Latina constituiu uma região onde a influência norte americana é muito grande. Qualquer problema que ocorra na região interessa, em maior ou menor grau, à grande potência do norte. Seus sucessivos governantes têm considerado a América Latina como uma área de importância vital aos seus interesses econômicos, políticos e estratégicos.  Ronald Wilson Reagan foi um ator e político norte-americano, o 40.º presidente dos Estados Unidos e o 33.º governador da Califórnia. Os Esta

Na íntegra: “A sociedade do medo” – Zygmunt Bauman

Na íntegra: “A sociedade do medo” – Zygmunt Bauman O capítulo 03, do livro utilizado, é uma entrevista, portanto, o texto inicia com uma das questões do capítulo. Bauman (colagem: Academia de Belas Artes de Varsóvia) Estamos em uma época em que as medida de segurança que adotamos só geram mais insegurança. Somos diariamente perseguidos pelos mais diferentes tipos de medo. Entre as ameaças, está a de ficar para trás, ser substituído, não acompanhar o ritmo das mudanças. Estudar os medos contemporâneos é tocar num dos pontos centrais da modernidade líquida? BAUMAN: Os medos agora são difusos, eles se espalham. É difícil definir e localizar as raízes deste medo, já que os sentimos, mas não os vemos. É isso que faz com que os medos contemporâneos sejam terrivelmente fortes, e seus efeitos sejam difíceis de amenizar. Há os trabalhos instáveis; as constantes mudanças nos estágios da vida; a fragilidades das parcerias; o reconhecimento social só é dado “até segunda or